sexta-feira, 2 de julho de 2010

Poema I

De sonhos, de quaisquer ilusões,
De fraquezas criadas e dores sentidas,
Tiro minhas próprias conclusões, mas...
Será só crescimento ou vontades rompidas?
Será só a dor que ensina e a felicidade
só corrompe, anestesiando a consciência?

Meu passado cumpre com o presente,
O que não pude cumprir com a vida
Até agora. Quê fareis com essa dúvida crescente?
ainda preciso d'algo: saldar esta divida!

Por aquilo que desejo, de tudo aquilo que fujo:
Eis aqui todo meu rancor, Oh, fado,
Porque ainda, mesmo honesto, me sinto sujo?
De todo o sacrifício, só ônus me é dado.
Não quero mais, descumprir com falsidade,
O que diante de Ti, Oh, nada pode ser ocultado!

Meu coração só clama: que desta busca saia verdade.
Ei de cumprir então mil anos de mil vidas
Para que algum dia alguns segredos, a mim,
Sejam desvelados!

Nenhum comentário:

Postar um comentário