segunda-feira, 14 de junho de 2010

Conhecer?

O que de fato é conhecer? Essa pergunta, antes de qualquer perda de tempo com tentativas "em conhecer", deveria ser feita. Pergunta-se: o que é o bem e o mal, o que é virtude, moral, verdade, etc. Mas, de modo prático esqueceu-se do que é conhecer. De modo cético, permanecemos num espaço apertado da mente, mas de um modo cético e vazio. Não há sentido, nós criamos o sentido, logo nos tornamos permissíveis a qualquer bobagem. Mas avaliando de perto chego a uma conclusão aparentemente confusa: mesmo quando criou-se dogmas, criou-se sentidos achando que eles fossem verdades, mesmo na enganação e na abdicação da postura cética, o homem ainda assim, sob a mesma perspectiva cética, criou um sentido aonde antes não tinha. Criar sentidos então tem que ser respeitado não importa quais? Entraremos então em questões morais. Entraremos na questão de invadir o espaço de outro! Sem muita enrolação metaexplicativa, eu visualizo do seguinte modo (quase que em um organograma): Viver necessita de sentidos. > sentidos são criados pela experiência e pela busca subjetiva de cada um. > Experiência: viver sob os sentidos já criado por outros. > Logo, uma cópia de sentidos, quimeras ontológicas. > Então a contradição quase que se torna eminente aqui. Muitas contradições.
O fato de buscar um sentido confronta com a idéia cética, logo, é questão conceitual dizer como o cético usa ou não o ceticismo. Podemos adentrar, inclusive, que não existam pessoas realmente céticas, mas existem pessoas que se utilizam do ceticismo como um instrumento avaliador de idéias (portanto, de sentidos também). Podemos adentrar em todas e quaisquer questões que não levarão a nada, só pura conceituação cheia de perambulações pela lógica, pelos princípios de não-contradição e que na aplicação do dia-a-dia nada servem. Sentido prático é apresentado? Pode ser para alguns, para mim: uma necessidade em visualizar as coisas a partir do nada para o nada. Sentidos? Virão e irão embora. Contradições? Aos montes... Como sempre estruturadas nesse nosso aristotelismo em ver as coisas.

Logo, o conhecimento, um instrumento para quem busca, seria o que nas mãos de cada um? Busca pura e simples de sentido? Forma de exercer poder? Exercício desgarrado de qualquer pretensão do ego? O que...

Uma dentre tantas dúvidas dantes já ocorridas em tantas outras mentes.

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